O
Conhecimento
Há diversas
categorias de conhecimento, de acordo com sua finalidade ou área de manifestação.
Os Gregos,
por exemplo, possuíam vários vocábulos para o “conhecimento”, sendo Episteme um
dos mais importantes. Existe ainda a Techne, com significado similar. Qual a
diferença?
A
intensa relação dos gregos com o conhecimento levou ao desenvolvimento desses
diversos termos, através dos quais eles podiam discriminar e nuançar diversos
tipos de conhecimento.
Pela
mesma razão, porém, diferentes pensadores gregos deram significados distintos
para estes mesmos termos. As descrições abaixo procuram capturar um consenso
possível a respeito de seus significados.
Techne refere-se ao que normalmente chamamos
de Técnica, ou talvez mesmo Tecnologia. É o saber do artesão, “saber fazer”,
conhecimento prático.
Episteme diz respeito ao saber superior, mas
aplicado. Está relacionado ao que chamamos de Ciência, o conhecimento
científico, indo além da Techne, por ser um conhecimento que inclui leis e
causas. O artesão sabe fazer algo, mas não sabe os porquês por trás do que faz.
Gnosis é o grau mais alto de Conhecimento. É
o conhecimento das causas primeiras, do princípio do Cosmos. Para os Gregos,
Gnosis representava um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem.
Para Platão, esse era o conhecimento da essência do Universo, seu Princípio e
seu Fim. Sua busca era para ele o sentido da vida humana. Esta é a razão pela
qual diversos movimentos filosófico-religiosos de cunho esotérico são chamados
de Gnósticos, na medida em que pregam a salvação pelo conhecimento do Divino,
reservado apenas aos iniciados.
Infelizmente,
é freqüente a confusão entre Gnosis, um conceito grego autônomo e perene, e os
referidos movimentos.
O Mito é outra categoria de “conhecimento
especial”. Já temos aprendido que as diversas mitologias não são fábulas
fantasiosas. A palavra mito, etimologicamente, vêm do grego “Mythos”, que
Homero exprime como “palavra”, “discurso” ou “narrativa”, e que Platão
contrapõe à “Logos”, também do grego, que significa “razão”. Portanto, mito é a
palavra narrada e que simboliza uma realidade que vive, não um mero conceito
limitado e circunscrito, e que por definição não surgiu de uma seqüência
meramente racional, mas de uma linguagem acima da razão, dirigida à consciência.
Jnana é o termo sânscrito para
conhecimento. No Hinduísmo significa conhecimento verdadeiro. No Budismo, o
termo se refere ao puro despertar.
No Tibet encontramos os VEDAS, que em sânscrito
significa “Conhecimento”. O Rig Veda, “Livro dos Hinos”, é o Primeiro
Veda e é, com certeza, o mais importante veda, pois todos os outros derivaram
dele. Rig Veda é o Veda mais antigo e, ao mesmo tempo, o documento mais antigo
da literatura hindu. Independentemente do valor interno, o Primeiro Veda é
valiosíssimo pela sua antiguidade. Foi escrito por volta de 1700–1100 a. C.
durante o período védico em Punjabe (Sapta Sindhu), fazendo dele um dos mais
antigos textos de qualquer linguagem Indo-Européia e um dos textos religiosos
mais antigos do mundo. Foi preservado por séculos somente por tradição oral e
provavelmente não foi escrito até a baixa Idade Média. São estes os quadro
Vedas: Rig Veda; Sama Veda; Yajur Veda; Atharva Veda.
A Kabala
se constitui dos Mistérios
contidos no Judaísmo. Os Judeus possuíam as chaves para a compreensão dos
mistérios. DAAT é a Sephirah secreta, e dentro da linguagem kabalística significava
“Conhecimento”.
A palavra
para “conhecimento” em aramaico, no Oriente Médio, é MANDA.
“Te advirto, seja tu quem fores, oh tu que desejas sondar os arcanos da
natureza, se não encontras dentro de ti aquilo que buscas, tampouco o poderás
encontrar fora.
Se tu ignoras as excelências de tua própria casa, como pretender
encontrar outras excelências?
Em ti está oculto o tesouro dos tesouros.
Oh homem, conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses!”
Tales de Mileto
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