terça-feira, 28 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
Kundry
Mais do que formosa te vemos, Kundry!
Nascestes como um milagre no Éden de todas as maravilhas!
És o pensamento mais belo do criador feito carne, sangue e vida!
Teu corpo delicioso parece ter sido modelado com as delicadas rosas da margem da campina que faz Uad-Al Kebir fecundo.
As ramagens taciturnas, prateadas pela lua pálida, deram doce sombra às tuas pestanas.
Tuas pálpebras de exótico encanto foram criadas com folhas divinas de laranjeiras.
Essência de nardos sublimes escondem-se em tuas entranhas.
Tuas fascinantes tranças parecem cascatas de noite caindo sobre teus nobres ombros.
Quão formosa és! Escuta-me?
Tua boca encantadora sorri, tua língua tenta em sonhos palavras formar.
O céu estrelado abre-se como uma rosa, tu dormes Kundry, envenenada pelo exótico mistério que ninguém entende.
Dormes, sim! Eu sei.
O bosque das Mil e Uma Noites empresta-lhe suas folhagens, aninha as aves que cantam docemente;
sussurra suavemente a floresta;
murmura o rio entre o leito de rochas.
Nascestes como um milagre no Éden de todas as maravilhas!
És o pensamento mais belo do criador feito carne, sangue e vida!
Teu corpo delicioso parece ter sido modelado com as delicadas rosas da margem da campina que faz Uad-Al Kebir fecundo.
As ramagens taciturnas, prateadas pela lua pálida, deram doce sombra às tuas pestanas.
Tuas pálpebras de exótico encanto foram criadas com folhas divinas de laranjeiras.
Essência de nardos sublimes escondem-se em tuas entranhas.
Tuas fascinantes tranças parecem cascatas de noite caindo sobre teus nobres ombros.
Quão formosa és! Escuta-me?
Tua boca encantadora sorri, tua língua tenta em sonhos palavras formar.
O céu estrelado abre-se como uma rosa, tu dormes Kundry, envenenada pelo exótico mistério que ninguém entende.
Dormes, sim! Eu sei.
O bosque das Mil e Uma Noites empresta-lhe suas folhagens, aninha as aves que cantam docemente;
sussurra suavemente a floresta;
murmura o rio entre o leito de rochas.
Parsifal. Richard Wagner
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Livro dos mortos
Toda nossa vida se resume a meias palavras e frases incompletas, incoerentes às vezes.
À medida que vamos avançando no caminho, aprendemos novas palavras, complementando o sentido, ampliando a compreensão.
Ao fim da jornada, a vida de uns se torna uma linda canção ou uma sublime oração.
Cantando ou orando, atravessaremos o Gólgota da existência.
Dia após dia, palavra por palavra, escrevemos o livro de nossas vidas.
A leitura talvez seja póstuma, mas haverá quem leia. Será um autêntico livro dos mortos.
"Com paciência possuireis vossas almas", rezou o mestre.
Amém.
À medida que vamos avançando no caminho, aprendemos novas palavras, complementando o sentido, ampliando a compreensão.
Ao fim da jornada, a vida de uns se torna uma linda canção ou uma sublime oração.
Cantando ou orando, atravessaremos o Gólgota da existência.
Dia após dia, palavra por palavra, escrevemos o livro de nossas vidas.
A leitura talvez seja póstuma, mas haverá quem leia. Será um autêntico livro dos mortos.
"Com paciência possuireis vossas almas", rezou o mestre.
Amém.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Catexia
Catexia
Catexia ou investimento é o processo pelo qual a energia libidinal
disponível na psiquê é vinculada à representação mental de uma pessoa, idéia ou
coisa ou investida nesses mesmos conceitos. Em outras palavras, a raiva que se
sente contra uma pessoa é uma catexia ou fixação de energia na representação
mental dessa pessoa (e não nela como objeto externo).
Juntamente com o conceito de libido, Sigmund Freud dedicou os seus
estudos a definir a catexia. Uma vez que a libido foi catexizada, ela perde sua
mobilidade original e não pode mais ser alternada para novos objetos, como
normalmente seria possível, ficando enraizada na parte da psiquê que a atraiu e
reteve.
Estudos psicanalíticos sobre o luto interpretam o desinteresse por
parte dos sobreviventes sobre as ocupações normais e a preocupação com o
recente finado como uma migração da libido dos relacionamentos habituais e
cotidianos e uma catexia extrema na pessoa perdida. Catexia é relacionada a
sentimentos de amor, ódio, raiva, entre outros relacionados ao objeto. A
decatexia é o processo inverso, a frieza total em relação ao objeto como ocorre
na depressão, marcada por apatia e desinteresse.
Freud, ao estudar o atributo que os impulsos têm de impelir o homem à
atividade, considerou-o análogo ao conceito de energia física, que se define
como a capacidade de produzir trabalho. Assim, Freud entendeu que uma parte dos
impulsos pode ser considerada energia psíquica.
Portanto, presume-se que há um quantitativo de energia psíquica com o
qual uma determinada pessoa ou objeto estão investidos.
A palavra que Freud escolheu para designar esse conceito vem do alemão
besetzung, traduzido para o inglês por cathexis, em português – catexia.
Segundo Terzis (2001), a catexia é nada mais que o desejo. Parece que a
motivação inerente ao ser humano possui um continuum
de força que se torna perceptível em suas ações.
Tomando a libido como exemplo de uma dada quantidade de dinheiro, a
Catexia seria o processo de investir esse dinheiro. Digamos, então, que uma
porção do dinheiro foi investida (catexizada), permanecendo nessa hipotética
aplicação e deixando algo a menos do montante original para investir em outro
lugar.
A teoria psicanalítica se interessa em compreender onde a libido foi
catexizada inadequadamente. Uma vez liberada ou redirecionada, esta mesma
energia ficará disponível para satisfazer outras necessidades habituais. A
necessidade de liberar energias presas também se encontra nos trabalhos de
Rogers e Maslow, assim como no Budismo. Cada uma dessas teorias chega a diferentes
conclusões a respeito da fonte da energia psíquica, mas todos concordam com a
alegação freudiana de que a identificação e a canalização dessa energia são uma
questão importante na compreensão da personalidade.
Do ponto de vista da psicologia gnóstica, a catexia é o processo de
identificação, em que a pessoa fica com a atenção (consciência) presa em uma
situação, evento, palavra, objeto ou pessoa. Nos casos em que há projeção de
emoção e desejo juntamente com a energia psíquica, então ocorre a paixão.
Quando uma pessoa está sofrendo de catexia por outra (está apaixonada),
toda sua libido (energia psíquica) está direcionada, vinculada ou aprisionada
na representação emocional e mental da pessoa desejada.
Se houver correspondência na catexia, então tem-se início um
relacionamento, uma troca de libido em diversos graus de diferenciação -
emocional, mental, psíquico e intuicional. Ocorre um desabrochar da psique dos
indivíduos, como uma planta que estava adormecida durante todo o inverno e
retoma seu crescimento intensamente com a chegada da primavera. O resultado
deste choque psico-sexual ou psico-libidinal, é o que Jung chama de
diferenciação ou individuação. É o desenvolvimento interior, segundo os
gnósticos.
Por outro lado, quando não ocorre correspondência na catexia, quando o
"amor" não é correspondido, quando o desejo não é satisfeito ou
atendido, ou ainda, quando o espelho não reflete a imagem esperada, o resultado
é a frustração, angústia, desorientação, insegurança, medo, desassossego
emocional, desânimo, inatividade, desinteresse pela vida, alienação, rancor,
revolta, rebeldia, podendo chegar aos extremos da agressividade, violência e
homicídio.
Para que o indivíduo não chegue a tais extremos, o seu inconsciente
desenvolveu diversos mecanismos de defesa, a fim de preservar sua integridade
psíquica.
Contra-catexia - mecanismos de defesa do inconsciente
Como nosso espaço é curto, apenas citaremos os diversos elementos ou
reações do inconsciente.
Estes mecanismos são defesas utilizadas pelo ego diante de impulsos e desejos
reprimidos no inconsciente, que impedem com que os mesmos irrompam para o
consciente, provocando ansiedade, desconforto ou até mesmo um enfraquecimento
do ego, levando a sintomas psiconeuróticos ou até mesmo, psicóticos.
Portanto, podemos considerar esses mecanismos de defesa um tanto quanto
positivos, pois eles impedem que conteúdos inaceitáveis do nosso inconsciente
venham a emergir. Todavia, se o uso desses mecanismos de defesa se tornam muito
freqüentes e constantes, também podem ser motivo de preocupação, pois o
indivíduo também estará fugindo do contato objetivo com a realidade.
Principais mecanismos de defesa:
- Repressão;
- Formação reativa;
- Isolamento;
- Anulação;
- Negação;
- Projeção;
- Volta-se contra si próprio;
- Regressão;
- Sublimação;
- Introjeção;
- Fantasia;
- Racionalização;
- Intelectualização.
Catexia Ligada, Livre e Solta
No seu "A Revolução da Dialética", Samael Aun Weor explica
que existem 3 classes de energia atuando no Cosmo e na Natureza e, por Lei de
Ressonância, dentro do próprio ser humano.
Essas 3 classes de energia psíquica são chamadas de CATESIS ou
CATEXIAS.
1 - Catexia Ligada: energia puramente espiritual, de nosso Ser.
2 - Catexia Livre: são as energias da própria natureza, o
prana, o magnetismo, as forças forte e fraca, a energia da gravidade.
3 - Catexia Solta: que é a energia mental mal cristalizada,
ou, em última instância, energia sexual mal cristalizada. Samael chama essa
classe de energia de ENERGETISMO NEGATIVO DA NATUREZA...
O interessante é que esse postulado de Freud vem ao encontro dos
ensinamentos gnósticos de Samael.
Há 3 níveis de UTILIZAÇÃO de Energia Psíquica dentro e fora do
organismo, e os manipuladores dessa energia psíquica vêm a ser justamente
ESSÊNCIA, EGO E NATUREZA (personalidade e forças cósmicas ou naturais).
Quando a energia psíquica, interna, é canalizada e utilizada pelo Ego,
então esse fenômeno é chamado de CATEXIA SOLTA.
Quando essa energia psíquica é canalizada e utilizada pelo Ser, pela
Essência, esse fenômeno é chamado de CATEXIA LIGADA.
E quando ela é selvagem, instintiva, nem boa nem má, então é chamada de
CATEXIA LIVRE.
A Catexia Solta é o que interessa preponderantemente ao gnóstico, pois
é por aí que conhecemos as diversas formas de manifestação do Ego no dia-a-dia.
Existem 3 formas distintas de expressão, ou Estados Psíquicos da
Catexia Solta (Ego):
1) Estereopsíquicos - São os estados identificativos que estão
intimamente relacionados com as percepções exteriores recebidas através dos
cinco sentidos e que estão vinculadas ao mundo das impressões.
2) Neopsíquicos - São os estados processadores de dados,
isto é, os que bem ou mal interpretam todas as múltiplas situações que o animal
intelectual vive. Nestes estados, quem trabalha é a nossa má secretária: a
personalidade.
3) Arqueopsíquicos - São os estados regressivos - a memória do
Ego - os quais se encontram nos 49 níveis do subconsciente. São as lembranças
do passado que ficam arquivadas nas formas fotográfica e fonográfica.
Referências:
- Freud. Teoria da Personalidade.
- A Revolução da Dialética. Samael Aun Weor.
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