quinta-feira, 31 de maio de 2012

Solidão...


solidão... escuridão...
sem torpor... sem frescor...
sem pudor... sem humor...
sem temor... sem amor...
sem café... sem leite até...
nada aqui fora... preciso entrar no agora...
estudei muito a religião... dissolveu-se a ilusão...
não falo mais em deus... nem no teu nem nos meus...
a imagem de jesus... em nada mais seduz...
o fogo da ira divina não dissolve nem margarina...
névoa do averno... não constante muito menos eterno...
moto da multidão... incêndio eufórico da paixão...
em nada ativa a atenção... nem produz identificação...
a virgem do íntimo que é Maria... permanece sendo a guia...
desde o fundo da água filosofal... impulsiona serena esta nau...
Ela engendra Ele... Ele se forma n'Ela...
Ele é Ela... e por fim Ele É Ele...
que se estende para o alto como escalera...
para além-céu iniciar nova brincadeira...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Sucesso - Will Smith


O Universo não nos guia.
O mundo, as pessoas, as situações não nos guiam.
Nós é que devemos comandar e obrigar o Universo a se tornar o que nós queremos.


Eu estudei os padrões do Universo.
Existe um grandioso poder em "fazer uma escolha".
Em vez de pensar que seremos afetados por todas as coisas que nos acontecem. 


Fazer uma escolha é uma decisão do que vai acontecer, o que vais ser e como vais fazer!
Basta decidir!
E a partir desse ponto o universo vai sair na sua frente.
Passa a ser como água. Movimenta-se e sai pelos lados.


O Universo tem um fluxo que vai indicar como realizar o que deseja.


Não se deve ter medo de morrer pela Verdade.
A Verdade é a única coisa que será constante.
E não pode ter medo do que te vai acontecer se estiver disposto a dizer a Verdade.
Porque o que te acontece se não disser a Verdade é pior do que se falasse.


Will Smith.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Parábola da vaquinha


Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada.
Com fome e sede o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo.
- O senhor vê aquela vaca ? - disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.
O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo :
- Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo.
O discípulo não acreditou.
- Não posso fazer isso, mestre ! Como pode ser tão ingrato ? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem!
O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem :
- Vá lá e empurre a vaquinha.
Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ajudar a família, pedir desculpas.
Ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro importando, antena parabólica. Perto da churrasqueira, adolescentes, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão. O coração do discípulo gelou. Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora.
Devem estar mendigando na rua, pensou o discípulo.
Aproximou-se do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá
- Claro que sei. Você está olhando para ela.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte, altivo, a mulher mais feliz e as crianças, jovens saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse :
- Mas o que aconteceu ? Estive aqui com meu mestre alguns anos atrás e era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo?
O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu:
- Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.


domingo, 6 de maio de 2012

Parábola do milionário e suas quatro mulheres



as montanhas verdes estão sempre se movendo 
e uma mulher de pedra dá a luz de noite


Um senhor ficou muito velho, ele era milionário e tinha muitas mulheres, mas estava perto da morte. 
Ele disse para a primeira mulher:
- Agora eu vou morrer, me acompanha junto na morte.
- Não!! Absolutamente não! Até agora, nós sempre vivemos juntos, por isto eu vou até o cemitério com você,  mais do que isto eu não vou, disse ela. 
Aí ele falou para a segunda mulher: 
- Eu te amei muito, por isto você pode me acompanhar na morte? 
- Não, até dentro do caixão eu vou, mas mais nada, falou a segunda. 
Disse para a terceira mulher que era a mais jovem e a mais bonita: 
- Eu amei você de uma forma muito especial, você podia me acompanhar na morte. 
Mas também esta mulher disse que não:
- Ora, a primeira e a segunda mulher recusaram, porque é que tenho que ir? 
Ele tinha a quarta mulher, esta era quase como uma empregada, como uma escrava. 
- Bom, eu te maltratei e não posso te pedir muito, mas você me acompanharia? 
Aí ela disse: 
- Claro que eu vou. Onde é que você vai? 

Agora eu pergunto: O que é que são estas mulheres? 
A primeira mulher talvez sejam os bens materiais, móveis, cama, espelhos, mesas e coisas assim, isto pode ir até a morte, mas depois não pode mais ser usado. 
Agora, a segunda e terceira mulheres talvez sejam a fama, títulos, estas coisas que podem acompanhar a pessoa até que ela entre dentro do caixão, o homem continua com a fama dentro da caixão. 
A quarta mulher simboliza o Karma, aquilo que você fez na sua vida em ações, palavras e pensamentos, isto vai acompanhando a pessoa até o fim. 
Os Budistas pensam da seguinte forma: não é Deus que manda você ao céu ou ao inferno, mas são os seus próprios atos, com a lei de causas e efeitos, que fazem com que você caia no inferno ou no paraíso.
Podemos dizer que quando nascemos, junto conosco nasce um Deus, e este Deus está sempre nas nossas costas. Qualquer coisa que eu faça, de bem ou de mal, este Deus anota tudo. E quando nós morremos, ele começa a contabilizar nossa vida com um computador, ele tem um espelho como se fosse uma televisão e nele se mostra tudo aquilo que a pessoa fez na vida, uma espécie de videocassete, no qual já está tudo gravado. Já imaginaram, nós todos vendo aquilo que fizemos durante a vida? É realmente uma coisa horrorosa.
A gente pode enganar a outras pessoas, não mostrar, esconder, mas àquela lei de causas e efeitos, ninguém escapa. É desta forma que a montanha verde está sempre se movendo.
Isto é a impermanência!

sábado, 5 de maio de 2012

das três metamorfoses do espírito



NIETZSCHE: das três metamorfoses do espírito


"Vou dizer-vos as três metamorfoses do espírito: como o espírito se muda em camelo, e o camelo em leão, e o leão, finalmente, em criança.


Há muitas coisas que parecem pesadas ao espírito, ao espírito robusto e paciente, e todo imbuído de respeito; a sua força reclama fardos pesados, os mais pesados que existam no mundo.


'O que é que há de mais pesado para transportar?' — pergunta o espírito transformado em besta de carga, e ajoelha-se como o camelo que pede que o carreguem bem.


'Qual é a tarefa mais pesada, ó heróis' — pergunta o espírito transformado em besta de carga, a fim de a assumir, a fim de gozar com a minha força?


Não será rebaixarmo-nos, para o nosso orgulho padecer? Deixar refulgir a nossa loucura para zombarmos da nossa sensatez?


Não será abandonarmos uma causa triunfante? Escalar altas montanhas a fim de tentar o Tentador?


Não será sustentarmo-nos com bolotas e erva do conhecimento, e obrigar a alma a jejuar por amor da verdade?


Ou será estar enfermo e despedir os consoladores e estabelecer amizade com os surdos que nunca ouvem o que queremos?


Ou será submergirmo-nos numa água lodosa, se esta é a água da verdade, e não afastarmos de nós as frias rãs e os abrasados sapos?


Ou será amar os que nos desprezam e estender a mão ao fantasma que nos procura assustar?


Mas o espírito transformado em besta de carga toma sobre si todos estes pesados fardos; semelhante ao camelo carregado que se apressa a ganhar o deserto, assim ele se apressa a ganhar o seu deserto.


E aí, naquela extrema solidão, produz-se a segunda metamorfose; o espírito torna-se leão. Entende conquistar a sua liberdade e ser o rei do seu próprio deserto.


Procura então o seu último senhor; será o inimigo deste último senhor e do seu último Deus; quer lutar com o grande dragão, e vencê-lo.


Qual é este grande dragão a que o espírito já não quer chamar nem senhor, nem Deus? O nome do grande dragão é 'Tu deves'. Mas o espírito do leão diz: 'Eu quero.'


O 'tu deves' impede-lhe o caminho, rebrilhante de ouro, coberto de escamas; e em cada uma das suas escamas brilham em letras de ouro estas palavras: 'Tu deves.'


Valores milenários brilham nessas escamas, e o mais poderoso de todos os dragões fala assim:


'Em mim brilha o valor de todas as coisas. Todos os valores foram já criados no passado, e eu sou a soma de todos os valores criados.' Na verdade, para o futuro não deve existir o 'eu quero'. Assim fala o dragão.


Meus irmãos, para que serve o leão do espírito? Não bastará o animal paciente, resignado e respeitador?


Criar valores novos é coisa para que o próprio leão não está apto; mas libertar-se a fim de ficar apto a criar valores novos, eis o que pode fazer a força do leão.


Para conquistar a sua própria liberdade e o direito sagrado de dizer não, mesmo ao dever, para isso meus irmãos, é preciso ser leão.


Conquistar o direito a valores novos, é a tarefa mais temível para um espírito paciente e laborioso. E decerto vê nisso um acto de rapina e de rapacidade.


O que ele amava outrora, como bem bem mais sagrado, é o 'Tu deves'. Precisa agora de descobrir a ilusão e o arbitrário mesmo no fundo do que há de mais sagrado no mundo, a fim de conquistar depois de um rude combate o direito de se libertar deste laço; para exercer semelhante violência, é preciso ser leão.


Dizei-me, porém, irmãos, que poderá fazer a criança, de que o próprio leão tenha sido incapaz? Para que será preciso que o altivo leão tenha de se mudar ainda em criança?


É que a criança é inocência e esquecimento, um novo começar, um brinquedo, uma roda que gira por si própria, primeiro móbil, afirmação santa.


Na verdade, irmãos, para jogar o jogo dos criadores é preciso ser uma santa afirmação; o espírito quer agora a sua própria vontade; tendo perdido o mundo, conquista o seu próprio mundo.


Disse-vos as três metamorfoses do espírito: como o espírito se mudou em camelo, o camelo em leão, e finalmente o leão em criança."


Assim falava Zaratustra, e morava nesse tempo na cidade que se chama Vaca Malhada.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O que é COPROLALIA


Há dezenas de definições sobre o assunto. Todas as definições são complementares.
É uma psicopatologia grave e sutil. Apresenta-se em todos os círculos sociais e profissionais. Invade a TV, cinema, música, internet e redes sociais.
Você já mediu o seu grau de coprolalia? 

Copro: (do grego koprós = imundície, lixo, estrume). Partícula de composição que significa imundície, fezes.
Coprofemia: O mesmo que coprolalia ou coprofasia. Fala obscena; escatologia; apresenta-se mais comumente como um tipo de parafilia em que proferir palavras ou frases obscenas é uma condição necessária para a excitação sexual do sujeito.


Coprolalia:
a)      Ou coprofasia. Literalmente (ambas), fala fecal; a emissão involuntária de palavras vulgares ou obscenas, observada em alguns esquizofrênicos que jogam com palavras como se estas fossem fezes.
b)      Substantivo Feminino. Psicopatologia. Tendência incontrolável a usar palavras obscenas.
c)      Linguagem que emprega expressões obscenas. Embora surgindo ocasionalmente na conversa dos adultos, deve-se notar que tal linguagem é facilmente repetida pelas crianças dentro do espírito de imitação e para provocar graça. Em outros casos, a linguagem obscena pode significar uma fixação na agressividade oral ou preocupação com a fase do desenvolvimento psicossexual humano. No adolescente pode representar a necessidade de afirmação de autonomia exprimindo, simbolicamente, a recusa em submeter-se aos padrões educativos do ambiente familiar. A coprolalia é freqüentemente encontrada nos deficientes mentais, no curso de explosões temperamentais, nos transtornos obsessivos, casos de excitação psicótica ou ainda em doenças orgânicas cerebrais, como encefalopatias, epilepsias etc.

O indivíduo precisa acordar. Acordar agora e tornar-se responsável por sua saúde emocional e psicológica.
S.O.S Juventude.
S.O.S Família.
S.O.S Brasil.
S.O.S Humanidade.

A Coprolalia é um tipo de vírus psicossomático, altamente contagioso e destrutivo. Atua na mente e na emoção, causando deterioração da inteligência, percepção, moral e da personalidade.
No princípio o indivíduo acha divertido e utiliza a nova droga como aceite para ingressar em um novo círculo social, uma nova tribo, buscando construir sua identidade através das afinidades transpessoais.

Quando se dá conta de que está infectado, geralmente já fez um grande estrago.
Em alguns casos, o hábito caracteriza uma necessidade do indivíduo em parecer mais maduro, mais sagaz, mais experto. Um somatório de fantasia, amor próprio e insegurança em si mesmo. A geração anterior se utilizava do cigarro para a mesma finalidade.

Em outros casos, a coprolalia é uma forma de exteriorização da angústia, descontentamento, crítica, negação de uma força, de uma realidade, um evento, um preconceito ou um paradigma. É uma forma agressiva, depreciativa, pejorativa, vulgar, escatológica, destrutiva, coprofilítica de se combater uma "força" opressora, equiparando-a com o que há de mais desagradável, dejetável ou infectante da natureza humana, seja vômito, sangue, urina ou fezes.

Fique atento pois muitas expressões de coprolalia são encontradas em alguns tipos de afasia, causadas por lesões cerebrais em pontos específicos que podem comprometer a leitura, a fala, a escrita, os cálculos, a compreensão, a comunicação, e por conseguinte, a vida social.
A pessoa, responsável por si mesma, por sua saúde mental, emocional e psicológica, precisa construir uma sobre-individualidade, onde a individualidade tem mais valor que a imagem social.

A história da humanidade possui espelhos de todas as naturezas e qualidades de brilho e reflexo.
Selecione um ou mais espelhos e mire-se neles. Faça boas escolhas. Observe-se nos heróis da humanidade.

Sócrates, com sua feiúra e brilhante simplicidade, foi o divisor de águas da sabedoria mundial. Dividiu a filosofia em dois períodos: o pré-socrático e pós-socrático, utilizando-se da maiêutica, um conjunto de perguntas simples e lógicas que promoviam o despertar da consciência.

Gandhi libertou uma nação sem levantar a voz nem empunhar uma arma sequer, através da filosofia da Não-Violência (A-Himsa).

Albert Einstein saiu dos gabinetes do serviço público empunhando um lápis e um pouco de imaginação focalizada e revolucionou o mundo científico com a teoria geral da relatividade, quebrando paradigmas seculares e inaugurando uma nova fase de compreensão do mundo e do universo. Com isso elevou o inconsciente coletivo a um degrau jamais alcançado.

E tantas outras pessoas igualmente simples que definiram um propósito em suas vidas e persistiram até conquistá-lo, utilizando-se de palavras justas, simples e coerentes.
Uma mente inspirada e um coração nobre e pacífico são capazes de proezas inimagináveis.

Defina-se.


Curitiba, 04/05/2012.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Vida após o nascimento


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente que sim. Algo tem de haver após o nascimento! Talvez estejamos aqui, principalmente, porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. E como verdadeiramente seria essa vida, se ela existisse?
- Eu não sei exatamente, mas por certo haverá mais luz lá do que aqui... Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comamos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: a vida, após o nascimento, está excluída – o cordão umbilical é muito curto!
- Na verdade, certamente, há algo depois do nascimento. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui...
- Mas ninguém nunca voltou de lá, para falar sobre isso. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e, através dela, nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria!
- Eu não acredito. Eu nunca vi nenhuma mamãe. Por isso, é claro, que não existe mamãe nenhuma!
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, podemos ouvi-la cantando; ou sentimos como ela afaga nosso mundo... Saiba: eu penso que só depois de nascidos nossa vida será mais “real”, pois ela tomará nova dimensão. Porque aqui, aonde estamos agora, apenas estamos nos preparando para essa outra vida...

(Autor desconhecido)