sexta-feira, 29 de junho de 2012

Poética descritiva

A poesia é uma forma de descrever...
Descrever o que se sente...
Descrever o que se vê...
Descrever o que se percebe...
Descrever o que se pensa...
Descrever o paladar que une os corpos
através de aromas e sabores
agradando pela harmonia
desagradando pelas diferenças...
Mas sempre descrevendo...
com a intenção de compartilhar...
compartilhar um sentimento através dos tempos...
através das eras e das humanidades...
para atingir amigos distantes
que ainda não chegaram ao nosso Vale.
Distantes no futuro...
em futura existência...
Compartilhar como quem orienta os filhos...
Compartilhar para confirmar, como fazemos com os amigos
nos restaurantes, na biblioteca ou no bar.

A incerteza da posse




Tu és a incerteza da posse...
A usina hidrelétrica das paixões,
mas a represa dos melhores sentimentos.
Para abrir as comportas, somente a certeza do domínio.
Efeito da vida apaixonada.
Mas como a fisiologia da paixão evolui à maturidade dos sentimentos nobres
O jardim de cactus há de florir
E a sua mesma terra será base de futuras rosas e jasmins.

Serena fulguras radiante
fragrância dos melhores méis é o teu corpo
ponte para o nirvana são teus lábios
o trampolim para a liberdade tuas idéias
o combatente em campo a tua convicção
uma sala de troféus a tua história
lenços para lágrimas as tuas reflexões
fortaleza a tua família
realização o teu motivo
abundância os teus amigos
solidão é tua trajetória
plenitude é o teu destino
paixão é teu infortúnio
sentimento é teu constante
mulher é tua natureza
mãe é tua predestinação
amor é tua coroação.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Vagalume


Eu me admiro que os sábios da terra,
não obstante todos os erros que ainda não conseguiram sanar,
baseiem-se nessa ciência falha
e neguem a Ciência suprema que é Deus;
são como um vagalume, que envaidecido da sua luz,
gritasse a todos os outros vagalumes:
não existe sol nenhum, porque luz só
pode haver na minha cauda.

O Comandante

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Flechas filosóficas

Frio é um lugar.
Frio é onde estamos.
Frio é o inferno da lua.
Foi o Serafim quem disse,
Falando fácil através de flechas filosóficas.

No meio da escuridão
surge uma luz furta-cor.
Não é a melhor das luzes.
Não é mais clara nem a mais brilhante,
Mas...

Tudo o que você vive
vivendo ou não, dilui-se
como uma pedra de gelo.

O que será que os gregos bebiam?
Devia ser muito bom...
Porque eles dançavam com as estrelas...
E a narrativa era perfeita...

Apesar de tudo,
em meio ao caos da existência,
em meio às urgências da vida,
lá no fundo da lagoa mais profunda do subconsciente
apesar de tudo...
há a voz suave da intuição.

Ainda há vinho branco na minha taça...
Diante de uma imensa garrafa de vinho tinto recém aberta.
Na companhia de dois amendoins.

Um bêbado falou para o outro.
- Por que você continua bebendo?
- Para sentir o físico.
 
Aventuras com os Serafim.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mayana mania

Estou há algum tempo buscando te traduzir...
uma história que intepreta teu pensar...
uma fragrância que recorde teu sentir...
uma música que ressoe como teu falar...
porém seria uma heresia resumir...
a natureza que se expressa em seu Ser.
mas não custa nada tentar...
numa dessas consigo te homenagear...

Inspiração Divina...


Hino à Vida 



Consciência e Infinito



Poesia do Silêncio...



Na música eu falo com o meu criador...
Mataji

O Silêncio das Estrelas

Indo para Campo Grande.
Zeca Balero - Eu não sei dizer... 

Sintomas de saudade - Marisa Monte 


Gita (Bagavad-Gita)


E para finalizar... o Pintinho Piu


Em alguma vou acertar...

terça-feira, 5 de junho de 2012

O amor é uma cilada

O Amor é uma cilada divina. A paixão é o sarcasmo do demônio.
São o controle remoto de todas as formas de vida em todos os reinos.

A diferença entre o veneno e o remédio é a quantidade...
Mas quem sabe se medicar?

A paixão é algo denso...
A paixão é veneno...
A paixão é ópio...
A paixão é sedativo...
A paixão é vício...
A paixão liberta o lado negro da força...
A paixão ilude...
A paixão domina...
A paixão subjuga...
A paixão absorve...
A paixão destrói...
A paixão extermina...
A paixão assassina...
A paixão é o fogo que devora...
Sabes que tem que ser assim... mas não estás mais afim...
Não precisas de ninguém projetando o lado negro em ti.

Os problemas da família e da comunidade
do trabalho e da faculdade,
ocorrem por causa da paixão.

Salva-te das pessoas apaixonadas
impulsivas...
reativas...
briguentas...
alucinadas...
carentes...
famintas...
encaminhe-as para a psiquiatria...

Não espereis mais isso para ti nem para mim...
Logo isso terá fim.

Estar apaixonado é um disperdício de tempo e de inteligência...
Precisas passar para a próxima fase.
Para que as coisas possam fluir melhor...
melhor conhecimento...
melhor discernimento...
melhor vivênvia...
melhor relacionamento...
melhor convivência...
melhor sabedoria...
melhor inteligência...

Daquele fogo apaixonado chamejante tu precisas aproveitar a luz.
A amor é a luz que sai da chama...
O amor é leve...
O amor é sereno...
O amor é suave..
O amor é brando...
O amor é poesia...
O amor é virtude...
O amor é inteligente...
O amor é compreensivo...
O amor é a persuasão sem palavras...
O amor é o Nirvana...
O amor é a liberdade da alma...
O amor é o trampolim do espírito..
O amor é a ponte entre as Montanhas...
O amor é o ágape do Olimpo...

Um dia viverás lá...
por enquanto, só visitas fugazes...
por enquanto stand by...
de pé na estação...
esperando o vagão certo...
protegendo-te da escuridão...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Meditar...

Meditar... mediar...
integrar... conectar...
concentrar... centralizar...
interligar... permear...
inundar... fluir...
flutuar... navegar...
alimentar... contemplar...
enaltecer... transcender...
diluir... esvair...
desaparecer... unir ao ser...
ao lar... retornar...
e quando ao físico regressar...
renovado és para amar...



Marcus Viana - Entre dois Mundos

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Tao da solidão - XX

Não ao estudo
e foi−se a inquietação
"sim" e "pois não"
quanto se distinguem?
bem e mal
como se distinguem?
o que os homens temem não se pode não temer?

estéril! esse nem sim nem não
A massa efusiva e mais efusiva como no gozo de um festim sacro como nos altos a sagrar a primavera

só eu ancorado!
nesse ainda sem auspícios...
como recém−nascido antes de se acriançar marionete!
sem para onde retornar

a massa tem o supérfluo
só eu sem quê nem para quê
eu... que coração de idiota
oh! confuso e mais confuso

a gente brilha que brilha
só eu ofuscado e aparvalhado

a gente vibra que vibra
só eu melancólico e mais melancólico
plácido! tal qual o mar ao vento!
como sem lugar

a massa tem com quê
só eu obstinado e tosco

mas só eu diferente dos outros dignificando a mãe nutriente