sábado, 21 de setembro de 2013

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã...
Pasárgada não conheceria.
Mais amor não desenvolveria.
Para os filhos a idolatria.
As filhas emocionaria.
À esposa magoaria.
Porque ir antes de mim ela queria.

Se eu morresse amanhã...
Dos amigos eu pediria
No velório uma última companhia.
Brindes como se estivéssemos na tequilaria
Sem receios de expressar alegria
Cientes de que na próxima estação os esperaria.

Se eu morresse amanhã...
Minha fortuna para trás deixaria
Mas minhas dívidas também compartilharia.
Entre tantos, o gerente do banco mais se ressentiria
Pois o meu sangue ele não mais teria.

Se eu morresse amanhã...
Uma carta hoje escreveria
De um momento de lucidez a fotografia.
Sem traumas ou saudades deste mundo eu partiria.
Como bom artista inacabada esta obra deixaria
Porque sei que se de mil anos dispusesse
A perfeição nunca alcançaria.

Se eu morresse amanhã...
Muitos companheiros de jornada reencontraria.
E muitos outros aqui deixaria.
E essa marcha da vida assim continuaria
Independente se nós morrêssemos de tristeza ou de alegria.

Daniel.

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